Em setembro de 2015 a Assembleia Geral das Nações Unidas dedicou o seu trabalho à análise dos desafios de desenvolvimento pós-2015.
Com efeito, no ano 2000, todos os países do mundo construíram consenso em torno de um conjunto de 8 objetivos (os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio ou ODM) para reduzir a pobreza e as desigualdades até 2015.
Apesar do consenso alargado à sua volta, os ODM foram muitas vezes criticados por serem ambiciosos e não terem em conta as verdadeiras necessidades das pessoas, por serem discriminatórios, por serem complexos e impercetíveis à maioria das pessoas, por serem considerados responsabilidade apenas de alguns.
Mesmo que nem todos os objetivos tenham sido alcançados, muitos foram, o que significa que há hoje menos pessoas a viver em situação de pobreza extrema e mais a ter acesso a água potável. Há mais crianças a frequentar a escola, menos mulheres a morrer no parto por causas evitáveis e há sinais de progresso no tratamento da malária, do VIH/SIDA.
Assim, perante um cenário em que os objetivos não foram totalmente cumpridos e num mundo caraterizado por severas ameaças, por uma urgência de novas soluções e pela constatação de que somos a primeira geração da história da humanidade com os meios para erradicar a pobreza da face da Terra, foi construída uma agenda para o desenvolvimento, a Agenda 2030, constituída pelos seguintes objetivos a atingir até 2030:
- Erradicar a pobreza.
- Erradicar a fome.
- Saúde de qualidade.
- Educação de qualidade.
- A igualdade de género.
- Água potável e saneamento.
- Energias renováveis e acessíveis.
- Trabalho digno e crescimento económico.
- Industria, inovação e infra estruturas.
- Reduzir as desigualdades.
- Cidades e comunidades sustentáveis.
- Produção e consumo sustentáveis.
- Ação climática.
- Proteger a vida marinha.
- Proteger a vida terreste.
- Paz, justiça e Instituições eficazes.
- Parcerias para a implementação dos Objetivos.
Contudo a vontade política não chega para garantir que estes objetivos, vitais para a humanidade, sejam cumpridos. São necessários mecanismos que vinculem os Estados, os governos, as organizações públicas e privadas e a todos nós ao imperativo civilizacional que é colocar as pessoas – todas as pessoas – e a sua dignidade no centro das decisões e dos comportamentos.
Para vivermos num mundo pleno de direitos, em que a nossa dignidade é respeitada, temos que ter conhecimento do mundo que nos rodeia, dos nossos direitos e deveres, dos modos como os exercer e das formas de comprometer e responsabilizar quem tem a obrigação de garantir o seu gozo pleno.
A Mostra ODS tem a finalidade de proporcionar o conhecimento do que são e para que servem estes ODS e qual o nosso papel na sua implementação. A responsabilidade da Implementação da Agenda 2030 não é apenas dos Estados.
Todos somos parte do problema… todos fazemos parte da solução!
Para saber mais sobre cada ODS, consulta o nosso Guia dos ODS.